terça-feira, 31 de agosto de 2010

O retorno

É muito bom voltar para mim sobrevivida do vendaval das emoções.
(Elisa Lucinda)

(Fabiana Carvalho)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Braçadas mais altas!


Conheci, “nadando”, alguém que, em pouco tempo, ensinou-me muito. Alguém tão inteligente, tão vivido, tão só. Ele disse que o meu nado é bonito, mas que as minhas braçadas têm que ser mais altas. E me disse sobre a vida. E me disse que não há nada mais importante do que o afeto!



(Aline Espíndola)


A vida é boa, louca e doce!

 
“Deixe a música lhe provocar ...
perca-se num romance louco...
a noite toda ...”

http://www.youtube.com/watch?v=Ya4LmvnPpi0&p=046B140513651A90&playnext=1&index=31

 
 
(Aline Espíndola)



Procurando explicação

Gente, como vocês sabem, eu adoro papos que envolvam liberdade, filosofia, existencialismo, angústia... amor! Estava lendo uma matéria sobre a vida do “pai do existencialismo”, o dinamarquês Soren Kikergaard e me surpreendi com sua história. Soren teve uma infância complicada, marcada por mortes consecutivas de cinco irmãos e assombrada pelo temperamento sinistro do pai Michael, herdando a religiosidade atormentada e passando a juventude obcecado pelo pecado e a culpa. Sua tábua de salvação foi a filosofia.

Aos 24 anos, Kierkegaard quase conseguiu livrar-se de sua herança de culpa e melancolia: foi nessa época que se apaixonou por Regine Olsen, uma bela garota e culta. Noivaram e planejaram um futuro juntos. Dois dias após o noivado, Kierkegaard teve uma misteriosa crise de pânico. Subitamente, o compromisso pareceu-lhe um grande erro – e Soren acabou por repudiar Regine sem qualquer explicação. Até hoje ninguém sabe ao certo por que o filósofo rejeitou a mulher que amava. Alguns opinam que ele pretendia levar uma vida de reflexão pura, na qual haveria pouco espaço para os deveres conjugais. Outros sugerem que Kierkegaard tinha um medo paralisante do sexo, o que tornaria esses deveres conjugais ainda mais assustadores.

Em uma série de artigos publicados na imprensa, lançou ataques à moral protestante, e seu discurso filosófico lhe rendeu a execração pública, coisa de pouca importância para um homem que sempre foi solitário. O único ser humano cuja opinião lhe importava talvez fosse Regine, a mulher que ele continuou amando por toda vida, sem jamais ter coragem de lhe explicar seus confusos sentimentos.

Seja como for, o fato é que Kierkegaard acreditava-se incapaz de levar uma vida normal. Em vez de lamuriar-se, contudo, ele resolveu transformar sua miséria em objeto de reflexão. Se seu destino era a infelicidade, ele seria apaixonadamente infeliz – o que, em todo caso, parecia-lhe mais interessante que ser alegremente tedioso.

Fabiana Carvalho

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Por quem Nietzche chorou...

Vale muito à pena assistir “Quando Nietzche chorou” (baseado no romance de Irvin Yalom). O filme se passa numa época de grandes descobertas intelectuais, e faz grandes reflexões em temas como convenções sociais, felicidade, existência, tempo, amor e amizade.

Agora, uma grande descoberta, que não é muito mostrada no filme, é a biografia de Lou Andreas-Salomé. O que se sabe é que muitos de seus adoradores se divorciaram, se suicidaram, enlouqueceram ou jamais esqueceram dela.

Lou Andreas-Salomé foi uma bela mulher que escandalizou a sociedade e quebrou regras morais. Teve vários amantes. Conheceu Sigmund Freud, Friedrich Nietzsche, Rainer Maria Rilke, Paul Rée (que era melhor amigo de Nietzsche e findaram a amizade por conta do amor que sentiam por ela), entre outros grandes homens. Mulher sensível, tinha mito de sedutora. (P.S.: a atriz Katheryn Winnick representando a Lou Andreas-Salomé está maravilhosa no filme, o figurino então, é de babar). A foto acima, por si só, fala de seu domínio sobre os homens.

Salomé era uma poetisa russa e circulava entre os maiores intelectuais da época. Muitos se apaixonaram pelo seu jeito masculinizado, analítico, sua distância emocional que a diferenciavam das outras mulheres.

Ouse, ouse... ouse tudo! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes. Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida! (Lou Andreas Salomé)

Lembro que Salomé de fato existiu, mas a obra "Quando Nietzche chorou" é ficcional. Combina personagens reais da Europa do fim do século XIX com ficção. O encontro entre a psicanálise, a filosofia e a literatura compõem este romance inteligente.

(Fabiana Carvalho)

Limite

"E porque não fazia nenhum sentido, ela gostava."
(Fabiana Carvalho)

Esta foto é da minha sobrinha Marcela, tirada pelo fotógrafo Saulo Cruz.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O tempo


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!

Quando de vê, já é sexta-feira!

Quando se vê, já é natal...

Quando se vê, já terminou o ano...

Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado...

Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.

Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...

Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...

E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.

Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.

A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


Mário Quintana


(Aline Espíndola)

Ah, Beauvoir...

"Nunca foi muito fácil para mim viver, embora eu seja sempre bem feliz - talvez por querer muito ser feliz. Gosto muito de viver e odeio a idéia de morrer um dia. E aí sou gulosíssima, quero tudo da vida, quero ser mulher e homem, ter muitos amigos e ter solidão, trabalhar muito e escrever bons livros, viajar e me divertir, ser egoísta e altruísta [...] Está vendo, é difícil ter tudo o que eu quero." (Simone de Beauvoir)

"Quando dizia que faria algo, ela fazia. 'Era a pessoa mais confiável que se possa imaginar [...] Você podia lhe contar tudo [...] ela quase nunca fazia julgamentos morais [...] Sua primeira reação era forçar-se a compreender, e colocar-se na pele do outro.'" (Lanzmann sobre influência de Beauvoir)


(Fabiana Carvalho)

Eça de Queiroz já sabia...



“Os políticos e as fraldas devem ser mudados
freqüentemente e pela mesma razão”

É a novela eleitoral da vida real. Os atores do bem e do mal entram em cena. E os espectadores a assistir ansiosos pelo “gran finnale”. Tem ator amador que trabalha mal, não consegue decorar nem o próprio texto e lê descaradamente no telepompter virando os olhos de um lado para o outro nos deixando tontos. Tem o excelente ator, aquele que rouba a vida inteira e se passa por bonzinho com discurso paternalista chinfrim. Tem pagodeiro prometendo educação, tem bandido prometendo segurança. Mulher pêra? O que ela anda prometendo? Mais uma novidade, agora tem até palhaço pra rir da gente (“Tiririca: pior que ta não fica”). A coisa inverteu de vez.

E que vença o melhor marqueteiro!

Quem quiser assisitir parte da palhaçada:
http://www.youtube.com/watch?v=eMIqQ6qJAaM

(Fabiana Carvalho)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Direto de Hollywood

Sinceramente, tem vezes que tenho raiva de estar em Brasília e não em São Paulo! Imagine poder ver de perto os vestidos maravilhosos usados pelas divas da história do cinema? No Iguatemi de SP está acontecendo a exposição "De Hollywood para a Moda" promovida pelo canal TCM.


Para essa mostra, o canal convidou Gene London, cinéfilo, estilista e colecionador, que cedeu alguns itens super raros, como o vestido com estampa de cerejas utilizado originalmente por Marilyn Monroe em "Os Desajustados".
A exposição traz ainda réplicas dos vestidos usados por Vivien Leigh, em "E O Vento Levou", por Rita Hayworth, em "Gilda", por Audrey Hepburn, em "Cinderela em Paris", por Grace Kelly, em "Ladrão de Casaca", e por Marilyn Monroe, em "O Pecado Mora ao Lado" (na clássica cena do duto de ventilação).

Todas as roupas fazem parte do acervo pessoal do colecionador Gene London. Aliás, mais do que estar em São Paulo, agora, eu queria muito ter acesso ao closet de London. Ele tem uma coleção de mais de 60.000 peças do cinema hollywoodiano e, também, do cinema francês!

A exposição "De Hollywood para a Moda" vai até 30 de agosto. Bem que o Iguatemi de Brasília poderia aproveitar o embalo e trazer pra gente, né?



(Fabiana Carvalho)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O som delas


Hoje eu estava pensando como certas mulheres são capazes de nos tocar pelo que representam e pelo que cantam. Transformam paixões, dores, amores, desilusões, vida, em notas musicais.

Citarei algumas que gosto. Bem, começarei por Regina Spektor. Primeiramente, adoro o jeito especial dela, que mistura talento com uma doçura e feminilidade e algo de sensual, de uma forma homogênea, quase inacreditável. As letras são bem profundas e lindas! Hummm... Dentre várias, a que mais gosto é Better.

Sade é o sex simbol musical! A voz, o ritmo... Não tem como não se encantar! Adoro Kiss of life. “A vibe que a gente compartilha é tão confortável”. Ai, Aretha Franklin!

E a fofa da Julieta Venegas? Cantora mexicana canta músicas tão doces e tão românticas e ao mesmo tempo tão simples! Linda, linda! “Te quiero con Limón y sal”, ui!

Gosto muito da Pitty, autêntica. Letras pesadas e reais! Amy, nem se fala, Valerie!

Não há como falar de música e não falar de Rita Lee, Amor e sexo . Mudaram as estações, mas Cássia Eller permanece. Marisa Monte, Ana Carolina, Vanessa da Mata e por aí vai...

(Fabiana Carvalho)

A nudez da alma

"Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro. Não conheço strip-tease mais sedutor."

Martha Medeiros



(Fabiana Carvalho)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

É um meio...

Engraçado, tenho a impressão de que namoro, casamento e romances
sempre têm começo, meio e fim.
Deve ser por isso que pulo o começo e insisto tanto no meio...
É que assim não tem fim!


(Fabiana Carvalho)

Questão de ordem

- Ela parece distante, talvez seja porque está pensando em alguém.
- Em alguém do quadro?
- Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos.
- Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes.
- Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.
- E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem?

Filme: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain


(Fabiana Carvalho)

E ELA vem aí...

Boas novas! Já está sendo preparada uma megaexposição sobre a Marilyn Monroe para o primeiro semestre de 2011. Segundo produtores da mostra, terá de tudo: fotos, vídeos, esculturas e pinturas... E tudo mais a que teremos direito para contemplar a beleza, sensualidade, ousadia, talento e personalidade da diva hollywoodiana. Mal posso esperar.


Pérolas de Monroe:

Uma garota sábia beija mas não ama, escuta mas não acredita e parte antes de ser abandonada.

Mulheres comportadas raramente fizeram história.

Não me falta homem, o que me falta é amor.

Hollywood é um lugar onde te pagam mil dólares por um beijo e cinqüenta centavos por sua alma.


(Fabiana Carvalho)

Tudo aqui quer me revelar!


Tudo aqui quer me revelar...
O que eu não digo, o que eu afirmo, onde eu gosto de ficar...
O que eu procuro, o que eu rejeito, o que eu nunca vou recusar.
Tudo em mim quer me revelar...
O que me preocupa, o que me ajuda, o que eu escolho pra amar.

Zélia Duncan


(Aline Espíndola)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Nem tudo que é ouro reluz

Acho que são mais felizes os capazes de transformar a feiúra, abandono e a tristeza do mundo em algo bom! Nem tudo que é ouro reluz, sim! Um bom exemplo é a lista "35 Beautiful Examples Of ‘Urban Decay Photography" com registros fotográficos da decadência urbana que transformou o caos e abandono em beleza.

(Fabiana Carvalho)

Tempinho bom

Escutei da minha irmã, “a infância é uma fase onde não há tempo para a tristeza. É por isso que você insiste em ser essa meninona, né??? Tive que concordar (rsrsrs). O assunto me fez pensar naqueles momentos inesquecíveis de minha infância. Acho que quando crianças, apesar dos insaciáveis desejos por brinquedos caros e artigos da moda, somos exímios contempladores da beleza e da graça da simplicidade.


Lembro-me com saudade, das contas penduradas nas “vendinhas” das esquinas da escola e de casa. Aliás, três contas, a dos “din-dins e laranjinhas” (nunca mais vi nenhum dos dois), a dos salgadinhos com “baré” ao lado da escola e a das guloseimas da padaria em que “buscar pão” era só uma desculpa.

Tenho saudade daquelas dúvidas inocentes que me inquietavam e faziam minha mãe rolar de rir, como “por que milho verde é amarelo?”, do trocar das letras das palavras que viravam repetitivas chacotas nas rodas da família como “quero picoca”. Saudade da inocência maldosa capaz de colocar os adultos em “maus lençóis”. Saudade da algazarra no microônibus na volta do colégio, das mãos cheias de calos por brincar de “bete” com garrafas pet na rua.Tenho saudade de programas de humor como a TV Pirata que fez a minha alegria na década de 80 com um humor original e sem soar piegas ou mesmo apelativo, e que não utilizavam ofensas a figuras públicas como meio de fazer rir.Saudade de novelas como "A gata comeu" ou "Vamp" que conseguiam realmente mexer com a imaginação. De ganhar muitos ovos de páscoa e acreditar em papai Noel.

Há cheiros, cores e sabores da infância que se eternizam na memória adulta. Ficam impregnados na gente, e, quando, por acaso encontramos com eles de novo, somos invadidos por uma nostalgia misturada de mágoa daquilo que já foi e, infelizmente, não poderá mais ser.
Cora Coralina



(Fabiana Carvalho)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Falta de inspiração


Tenho escrito tanto, mas saído: nada.
Uma inspiração real tem me faltado.

Eu precisava postar isto.


(Fabiana Carvalho
)

Voltando ao meu centro!


Definitivamente, contraditórios, isto é o que somos.

Queremos privacidade e contabilizamos seguidores no Twitter!

Preciso da minha solidão.

Preciso pensar e não pensar.

É preciso!

Mas, nem sempre.


(Aline Espíndola)