quinta-feira, 29 de março de 2012

O Retrato de Dorian Gray



“Somos punidos pelo que negamos. Cada impulso que tentamos sufocar persevera em nosso íntimo e nos intoxica.”

“Adoro os prazeres mais simples – disse Lorde Henry – São os últimos refúgios dos seres complexos.”

“Este vive o poema que não consegue escrever, os outros escrevem o poema que não ousam realizar.”

 “Eu nunca falo durante a música, ao menos durante a boa música. Se se ouve má música, é dever abafá-la com o rumor da conversa.”

“As mulheres ordinárias não despertam nossas imaginações. São limitadas à sua época. Nenhuma magia as transfigura. Conhecemos os seus corações como os seus chapéus. Adivinha-se tudo nelas, em nenhuma delas há mistério. Passam as manhãs no parque e tagarelam nos chás, à tarde. Trazem os seus sorrisos estereotipados e regulam as suas maneiras pela moda.”

O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde

(Fabiana Carvalho)

quarta-feira, 21 de março de 2012


"É no prazer do desespero que acontecem os prazeres mais intensos, especialmente quando você já percebe muito fortemente que a sua situação não tem saída." 

Notas do subsolo - Dostoiévski


(Fabiana Carvalho)

sexta-feira, 9 de março de 2012

A vida das musas


Lee Miller toma banho em banheira na casa de Adolf Hitler, em Munique.
(David E. Scherman/Time Life Pictures/Getty Images)


Aproveitando a lembrança do Dia das Mulheres, comemorado ontem, 8 de março, resolvi destacar aqui, o livro “Vida das Musas” que conta, em pequenas biografias, sobre a vida de nove mulheres (Hester Thrale, Alice Lidell, Elizabeth Siddal, Lou Andréa-Salomé, Gala Dalí, Lee Miller, Charis Weston, Suzanne Farrell e Yoko Ono ) que inspiraram grandes artistas da época.

O livro questiona o que leva uma mulher à condição de musa inspiradora de gênios como Lewis Carrol, John Lennon, Sigmund Freud, Nietzsche, Rainer Maria Rilke, Man Ray, Salvador Dalí? A autora Francine Prose investiga as histórias destas mulheres, para responder à questão e elaborar um conceito de "musacidade". Todas têm em comum relações afetivas intensas, apaixonadas, explosivas.

Cada história mais fascinante e instigante do que a outra. Uma delas, a da americana Lee Miller (1907-1977), uma mulher irrequieta, por exemplo, encheu-me de encantamento e admiração. Nos anos 20, ela foi uma das primeiras modelos a aceitar fazer campanhas publicitárias de lingerie e, de maneira ainda mais ousada, de absorventes femininos.

Lee não se contentou em posar. Interessou-se pela prática da fotografia a tal ponto que, em 1929, viajou a Paris com o objetivo de conhecer e trabalhar com o fotógrafo Man Ray – um dos mais importantes artistas do surrealismo. Ela, literalmente, bateu à porta de Ray e se ofereceu como assistente. Conseguiu o emprego, virou pupila, modelo e amante do fotógrafo.

Nos anos 30, Lee passou algum tempo longe da fotografia, depois de se casar - não com Ray - e se mudar para o Egito. No começo dos anos 40, ela retomou seu contato com a Vogue e acabou por cobrir a 2ª Guerra para a edição inglesa da revista. Depois do fim da guerra Lee voltou à moda, tema sobre o qual publicou dezenas de reportagens e editoriais.

Uma das fotos icônicas da vida de Lee Miller a tem como modelo. A imagem foi feita no final da 2ª Guerra, pelo fotógrafo David Scherman, da Life. Trata-se de um dos banhos mais memoráveis da história: Lee Miller na banheira de Adolfo Hitler, na casa do ditador em Munique.

(Fabiana Carvalho)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Pensamentos


"Sabe, um dos grandes problemas da nossa época é que somos governados por pessoas que se importam mais com os sentimentos do que com pensamentos e ideias.

Pensamentos e ideias. Isso me interessa.

Pergunte-me o que eu estou pensando.

O que você está pensando, Margaret?

Cuidado com seus pensamentos, pois eles se tornam palavras.

Cuidado com suas palavras, pois elas se tornam ações.

Cuidado com suas ações, pois elas se tornam hábitos.

Cuidado com seus hábitos, pois eles se tornam o seu caráter.

E cuidado com seu caráter, pois ele se torna o seu destino.

O que nós pensamos, nós nos tornamos. Meu pai sempre dizia isso."


Margaret Thatcher em "A Dama de Ferro".

(Fabiana Carvalho)