sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Street art on fire



Claire Streetart é a artista plástica de rua, francesa, que mostra casais pegando fogo em suas obras: beijos, abraços, agarros, mãos bobas... Um trabalho cheio de requinte e sem pudor que sai da linha "apelo político/social" típica da "street art".

As artes de Claire são inspiradas no mito que envolve a cidade sobre “L´amour” e traz à tona a questão do voyerismo nato de todo ser humano. Seus personagens e o apelo erótico surpreendem quem passa pelas ruas francesas, e, certamente, inspiram alguns casaizinhos nos becos parisienses.


(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Feito coisa-feita!

“Mas eu gostava dele, dia mais dia, mais gostava. Digo o senhor: como um feitiço? Isso. Feito coisa-feita. Era ele estar perto de mim, e nada me faltava. Era ele fechar a cara e estar tristonho, e eu perdia meu sossego.”

João Guimarães Rosa

(Aline Espíndola)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Assim sendo...


Ser de todo mundo é ser de ninguém. Ser de alguém que não se é verdadeiramente, é apenas uma outra forma de permanecer só.
(Fabiana Carvalho)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Arte de guerrilha




O filme Tropa de Elite II nos traz reflexões em torno das inversões de conceitos que abrangem o tema: poder. Identifiquei algumas imagens da arte de Bansky que tem tudo a ver com o que julgo proposto no filme.


Banksy é um artista urbano que usa os problemas sociopolíticos como tema de suas intervenções. Suas obras são carregadas de conteúdo social expondo claramente uma total aversão à hipocrisia e aos convencionalismos impostos pelas autoridades.

As suas obras tem alcance global, e exibem ousadia até na escolha dos lugares a serem interferidos (muros, Disneylandia ou Zoológico de Londres) fizeram de seus stenciles imediatamente reconhecíveis pelo grande público mas, o mais curioso é que, seu nome verdadeiro, ano de nascimento e cidade natal permanecem um mistério.

Aprecio suas gravuras, principalmente porque possuem um claro conteúdo político, rebelde, que se derrama em sarcasmos ao mesmo tempo tão violentos quanto sutis. Uma verdade doída, acho que eu poderia dizer assim.

Este ano foi lançado o seu primeiro filme, “Exit Through The Gift Shop” no Sundance Festival.

(Fabiana Carvalho)

sábado, 23 de outubro de 2010

Doces ou travessuras?




Amor-próprio e amor ao próximo não são como "doces ou travessuras"!
Como escolher?
Topo os dois...
os doces e as travessuras!

(Aline Espíndola)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Que seja doce...


Hoje é o dia do poeta! Parabéns a todos aqueles que são capazes de transformar suas próprias emoções e fantasias em palavras. Aproveitando o dia, para quem ainda não conhece, vale dar uma passadinha no “Sebinho”, que fica na 406 sul. Quem sabe não encontra algo sobre seu autor preferido ou faça grandes descobertas. Lá é possível comprar artigos culturais usados como livros, CDs, discos de vinil e filmes das mais variadas áreas: política, arte, infanto-juvenil, romances... Tudo por preços bem bacanas. Além disso, tem o café e bistrô sebinho, provei a “empanada de carne” (bem típica argentina), picante e muito gostoso. Um lugar que vale muito a pena conhecer, pois integra cultura,lazer e gastronomia. Não conheço nada parecido em Brasília, e adoro!

(Fabiana Carvalho)

Tks, Mr. DJ!

(Fabiana Carvalho)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Sistema é!

E Tropa de Elite é um filme popular. Não no sentido pejorativo da palavra, e sim bacana. Gostaria de ser do tempo em que polícia protegia, político fazia e Capitão Nascimento existia!

(Aline Espíndola)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ON?OFF?

Ontem fiquei perplexa com a transmissão dos shows SWU – Starts with You, especial que trouxe as músicas dos grupos Sublime, Regina Spektor, Pixies, Joss Stone, Kings of Leon, Dave Matthews Band, Queen of the Stone Age, Rage Against The Machine e Linkin Park. Uma programação de qualidade, ainda que veiculada às 2h15, que deveria se repetir na Globo.

Não seria tão radical como Adorno, que acreditava que a televisão é congenitamente má. Mas confesso o meu descontentamento, nada atual, com as programações que nos são oferecidas. Claro! Sou a favor de que a televisão seja um meio de entretenimento sim, mas o que me parece, e que me irrita de fato, é que ela está muito voltada para um entretenimento chulo, com alguns espaços noticiosos camuflados. Quem dera se a televisão nos presenteasse mais com programações como as de ontem. E deixasse, também, de utilizar como justificativa , um discurso confortável, ou seja, o de apenas saciar a demanda do público médio para alavancar índices de audiência e atrair mais publicidade.

(Fabiana Carvalho)


"Hoje eu fiquei sentada em frente à televisão desligada...
Queria ter uma chance de poder pensar na frente da televisão!"
Mafalda de Quino

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Realidade ou fantasia?


Demorei pra assistir, mas ontem consegui alugar o filme indicado por uma amiga: Vicky Cristina Barcelona. Bem interessante! Os quatro protagonistas são absolutamente charmosos e diferentes. Vicky (Rebecca Hall) tem um noivo (pense naqueles carinhas sem graça, com camisas Lacoste e Tommy e casaco amarrado no pescoço, aff!), com quem mantém um relacionamento carinhoso e sólido, embora sem grandes alvoroços, e é o que ela (aparentemente) quer. A impulsiva Cristina (Scarlett Johansson) não sabe o que quer, mas sabe que não quer: exatamente o que Vicky vive (qualquer semelhança, mera coincidência). As duas amigas americanas estão em Barcelona de férias. Lá conhecem o pintor Juan Antonio (Javier Bardem - charmosíssimo e interessantíssimo, aliás!) que acredita no amor livre e sem rodeios.

Ao passo que Cristina se interessa por Juan, Vicky sente repulsa, mas as duas são envolvidas por ele. Até que entra em cena a problemática ex-mulher do artista, a também pintora Maria Elena (Penélope Cruz), para balançar o coreto. Além do olhar de turista sobre as maravilhas de Barcelona, o filme tem as qualidades que Allen costuma imprimir em seus filmes: diálogos espirituosos, observações afiadas sobre a arte e a cultura e um elenco inspiradíssimo.

Quem rouba a cena é Penélope Cruz no papel de Maria Elena, um furacão que desarruma a história para o bem do filme, que se torna irresistível com sua aparição. Algumas frases do filme me intrigaram: “É engraçado. Maria Elena e eu somos feitos um para o outro e não feitos para estarmos juntos. É uma contradição. Para entender, é preciso ser um poeta, como meu pai, porque eu não consigo." - “Nosso amor, nosso amor é eterno mas não dá certo. É por isso que será sempre romântico, porque não pode ser completo.”- “Ela é uma pseudo intelectual autodestrutiva” - “Ela não sabe o que quer, mas sabe o que não quer”.

Parece que Woody Allen pergunta a você com este filme, como uma provocação, dita em uma das entrevistas de seu livro “Conversas com Woody Allen”, na qual ele diz:


“A minha percepção é que você é forçado a escolher a realidade em vez da fantasia. E que a realidade acaba por machucar a gente, e que a fantasia não passa de loucura."


(Fabiana Carvalho)

House Music


Perfect Stranger - Magnetic Man ft. Katy B - Perfect Stranger
Live Your Life - Erick Morillo & Eddie Thoneick feat Shawnee Taylor
I Feel - Tony Martinez (Vicente Belenguer Remix) Radio Edit
This is my life - Edward Maya
Coracao Club Mix - Jerry Ropero & Denis The Menace
Move for me - Kaskade & Deadmau5
Live the world behind - Axwell, Ingrosso, Angello,Luke feat. Deborah Cox
Show me love - Steve Angello & Laidback Luke feat. Robin S.

(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Romero Britto em muro

(Foto: Marcia Costa)

Romero Britto, um dos meus artistas plásticos contemporâneos prediletos, pintou o muro da escola estadual Monteiro de Carvalho, em Santa Teresa, no Centro do Rio, nesta quarta-feira (13), juntamente com alunos da oficina de grafite do colégio.

Aprecio sua arte colorida, alegre, geralmente com motivos de animais e amor e influência pop. Achei legal a iniciativa, visto que, artistas renomados como ele, pintam para grandes marcas nacionais e internacionais. Este é um grande estímulo para a meninada.

Romero Britto também confeccionou desenhos junto com crianças da creche que fica na mesma escola. A Secretaria de Educação informou que as artes serão leiloadas e o dinheiro arrecadado será revertido para melhorias na instituição. É de artistas assim que o mundo anda precisando.

(Fabiana Carvalho)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Feliz Dia das Crianças!

Sei que todos, algum dia, acordamos com a senhora desilusão sentada na beira da cama. Mas a gente vai à luta e inventa um novo sonho, uma esperança, mesmo recauchutada: vale tudo menos chorar tempo demais. Pois sempre há coisas boas para pensar. Algumas se realizam. Criança sabe disso.

Lya Luft

(Aline Espíndola)

Quem dera Tiririca fosse assim...


Em tempos de eleições, a utilização de figuras excêntricas sem conteúdo como marketing político me fez lembrar de uma, ainda que desenhada, muito interessante que, de forma humana e docemente inteligente, tornou-se ícone mundial de ideias e reflexões sociais e políticas dos anos 60. O mais intrigante é que, mesmo as tiras tendo sido feitas há cinco décadas, suas ideias, que expressam os desejos e questionamentos do cidadão comum, são mais atuais do que nunca.

Sou apaixonada por ela: a pequena grande Mafalda. Criada pelo cartunista Quino, ela é ícone do sentimento de anticonformismo da típica família de classe média (nascida na Argentina). Imaginem só, uma criança de apenas seis anos, que com um otimismo irônico, conseguiu expressar o seu ódio pela injustiça, guerra, armas nucleares, racismo, pelas absurdas convenções dos adultos e pela sopa (hi,hi). E ainda tem como paixões os Beatles, a paz, os direitos humanos e a democracia... Como não se apaixonar? O Tiririca é de fato engraçado, diferente e carismático. Que bom seria se ele fosse o que é, mas tivesse em seus pensamentos e coração as reflexões fundamentadas de Mafalda.

(Fabiana Carvalho)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sky High


"É você que encontro em toda parte em Nova York, disse-lhe. E é você, novamente, que eu amo quando amo os arranha-céus."

Ah, Beauvoir!

“These streets will make you feel brand new
Big lights will inspire you”


(Fabiana Carvalho)

Tem gente que conhece gente!



É

Era um tal de dizer "como se", como se fosse pra se defender ou amenizar.
Ri, como se estivesse nervosa. Grita, como se estivesse longe. Desculpa-se, como se estivesse errada. Sempre "como se", nunca estando.

- Isso me dói como se arrancasse um pedaço do peito!

"Como se", que nada! Arranca mesmo, e não podia ser diferente.

Autora: Natália (http://praconseguirdormir.blogspot.com/)

(Aline Espíndola)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Super normal!


alguém: Eu deveria estar triste, mas não estou!
eu: Então, qual o problema?
alguém: Tenho medo de estar bem!
eu: Não busque problemas aonde não existem. Eles, inevitavelmente, virão!
alguém: Dona Maricotinha disse que está super feliz!
eu: Será? As pessoas adoram autoafirmação!
alguém: Todo mundo louco!
eu: Eu sou normal!
alguém: SUUUUPER! risos



(Fabiana Carvalho)

Desejos inconscientes...


Aprendi algo importante: há uma grande diferença entre Desejo e Vontade. Para não falar bobagens, transcrevo:

Desejo é uma tendência, a qual pode ser consciente, inconsciente ou reprimida. O desejo pressupõe carência, pois se não carecêssemos de nada não desejaríamos nada, seríamos perfeitos, deuses. O desejo é uma característica de seres finitos e imperfeitos. O desejo nos move!

Já a vontade é a intenção de tomamos posição frente ao que nos aparece. Diante de um fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo. Ante um pensamento, podemos afirmá-lo, negá-lo ou suspender o juízo”.

Agora entendo de onde vem a máxima: vontade dá e passa!

Agora entendo a importância do desejo.

(Aline Espíndola)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A desculpa do século!




Eu fui o que não sou.
Depois que inventaram o inconsciente,
a verdade fica sempre para depois.
Fabrício Carpinejar

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Muito eu...


Lichtenstein é o cara!

(Fabiana Carvalho)

Alegria de ser


Olhar-se ao espelho e dizer-se deslumbrada: Como sou misteriosa. Sou tão delicada e forte. E a curva dos lábios manteve a inocência. Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado. A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não imaginei, eu existo.


Clarice Lispector

Pra você, Biba!