quinta-feira, 21 de março de 2013

Isso é vida?



Minha cabeça pirou quando disseram que eu vivo uma vida de assustar. É balada, sorrisos, bebidas, frases feitas e muito drama. Não discordo de nada disso, mas isso assusta mesmo? Quantas pessoas possuem essa vida e como é divertido viver e contar as nossas histórias. Não aceito o fato de ter uma vida assustadora. Sou humana, trabalho e quero me divertir. Quero amar, brincar, sorrir, beber, dançar, cortar o pé e não sentir nada. Quero viver apenas. Fiquei confusa com a quantidade de informação que eu jogo para os outros na inocência. Fotos, frases, textos, filmes, músicas. Eu sou um poço de informação acumulada que não consegue andar em fila indiana. Imagina só eu tentando esconder minha vida? Impossível! Gosto de olhar e lembrar cada momento da minha vidinha. Aí começam um recital sobre quem eu deveria ser. Misteriosa, discreta, menos louca. Dizem que eu deveria me expor menos, que ninguém gosta de uma menina falante, risonha e com o livro da vida tão aberto. Poxa! Eu gosto e acho que todo mundo deveria expor seu dia a dia ou os seus sentimentos quando der vontade. É lindo poder ser você. Mas aí tem o trabalho, tem os romances, tem a família. Todo mundo olhando sua vida passar e pensando: "Essa menina só pode ser louca, não dá para acompanhar". Sei lá, acho tudo relativo quando falamos sobre quem somos. Eu nunca quis ser a perfeitinha de ninguém. Eu só quero alguém para não assustar quando eu encher meu peito de sentimentos. Alguém que diga que ama a minha loucura e que eu não posso controlar ela. Se eu sou assim "exposta" como um quadro, alguém um dia vai comprar essa tela e ficar feliz sabendo que ser normal não é para nós. Fiquei um pouco triste por assustar as pessoas, mas eu não faço por querer. Sou só uma alma bagunceira, e isso não deveria assustar ninguém. - Jana Escremin
  
(Fabiana Carvalho)