quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Feliz 2012!


Qualquer tempo é tempo.

A hora mesma da morte

é hora de nascer.

Nenhum tempo é tempo

bastante para a ciência

de ver, rever.

Tempo, contratempo

anulam-se, mas o sonho

resta, de viver.


Carlos Drummond de Andrade


(Aline Espíndola)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Tesouros escondidos


Resolvi postar aqui as músicas que estarão no disco póstumo da Amy Winehouse, “Lioness: hidden treasures”, previsto para ser lançado este mês lá fora, ainda sem previsão para lançamento no Brasil. Espero que chegue logo por aqui!

A Versão da música "Garota de Ipanema" está tão linda! Adorei a "Like Smoke" também. A música "best friend" tem uma letra bem interessante.

Our Day Will Come

Between the Cheats


Wake Up Alone

Tears Dry


Will You Still Love Tomorrow


Valerie


Like Smoke com Nas


The Girl From Ipanema

Halftime


Best Friends


Body & Soul com Tony Bennett

A Song for You


(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sobre padrões

Nas redes sociais, onde tudo se propaga rapidamente, está se propagando rapidamente. E é em todo lugar. E tem até o culto, o das Princesas. E nele aprendemos “muito”, sobre atitudes. Mais parecem um daqueles livros de autoajuda, daqueles que nos ensinam a fazer milhões de coisas que não temos condição de sustentar. E será que devemos? Em qual varal devemos pendurar nossos desejos?

Em pleno Século XXI, uma campanha que visa transformar e implantar uma nova cultura feminina e sobre relacionamentos. A cultura do machismo e do recalque, da insegurança dos gêneros.

Não que eu defenda posturas femininas que mais parecem um ataque aos padrões de comportamento masculinos tão fortemente estabelecidos. Mas a verdade é que entre príncipes e princesas, cachorros e cachorras, há mil outras possibilidades.... e bem mais interessantes.

"Não quero que a vida se ponha a ter outras vontades que não as minhas"

Simone de Beauvoir

(Aline Espíndola)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

De ressaca


"Hoje, existem pílulas milagrosas, mas eu ainda sou do tempo das grandes ressacas. As bebedeiras de antigamente eram mais dignas, porque você as tomava sabendo que no dia seguinte estaria no inferno. Além de saúde era preciso coragem. As novas gerações não conhecem ressaca, o que talvez explique a falência dos velhos valores. A ressaca era a prova de que a retribuição divina existe e que nenhum prazer ficará sem castigo.
(...)
Cada porre era um desafio ao céu e às suas feras. E elas vinham: Náusea, Azia, Dor de Cabeça, Dúvidas Existenciais - golfadas. Hoje, as bebedeiras não têm a mesma grandeza. São inconseqüentes, literalmente.

Hoje não existe mais isto. As pessoas bebem, bebem e não acontece nada. No dia seguinte estão saudáveis, bem-dispostas e fazem até piadas a respeito.
(...)
De vez em quando alguns dos nossos se encontram e se saúdam em silêncio. Somos como veteranos de velhas guerras lembrando os companheiros caídos e o nosso heroísmo anônimo.

Estivemos no inferno e voltamos, inteiros."

Luís Fernando Veríssimo em A mesa Voadora

(Fabiana Carvalho)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sorriso


"[…] Era um desses sorrisos raros que têm em si algo de segurança eterna, um desses sorrisos com que a gente talvez depare quatro ou cinco vezes na vida. Um sorriso que, por um momento, encarava - ou parecia encarar - todo o mundo eterno, e que depois se concentrava na gente com irresistível expressão de parcialidade a nosso favor. Um sorriso que compreendia a gente até o ponto em que a gente queria ser compreendido, que acreditava na gente como a gente gostaria de acreditar, assegurando-nos que tinha exatamente a impressão que a gente, na melhor das hipóteses, esperava causar."

O Grande Gatsby de Scott Fitzgerald

(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Amar é renunciar à força

Sabina continuava com suas reflexões melancólicas. E se ela tivesse um homem que lhe desse ordens? Que a dominasse? Quanto o suportaria? Nem cinco minutos! Donde concluiu que nenhum homem lhe convinha. Nem forte, nem fraco. Disse: "E por que você não usa sua força contra mim de vez em quando?". "Porque amar é renunciar à força", respondeu Franz docemente.

Milan Kundera em A insustentável leveza do ser

(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

It's time!


Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma – que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.

Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.

Steve Jobs

(Fabiana Carvalho)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tête-a-Tête




Resolvi escrever hoje, sobre o livro mais apaixonante que li nos últimos tempos: “Téte-a-Tete”, de Hazel Rowley, que conta a história do casal Sartre e Beauvoir. Talvez não a mais romântica, não a mais sonhada, mas com certeza, uma grande história. “Exatamente o que Sartre e Beauvoir sempre quiseram que suas vidas fossem: uma grande história".

Associados com liberdade, deram as costas para sutilezas burguesas com brilhantismo, audácia e coragem. Muitas mulheres se apaixonarão por Beauvoir, eu, particularmente, me apaixonei por Sartre e toda a trajetória do casal. Temas como paixão, liberdade, jazz, filosofia, França, Nova York... Norteiam o livro. Grifei alguns trechos e, mesmo deixando este post longo, faço questão de registrá-los aqui, pois, para mim, são trechos que exigem reflexões, dignos de serem relidos por toda vida.

“O negócio é que preciso da violência de discussões ou da emoção das reconciliações para me sentir vivo. Ontem à noite, tivemos uma discussão terrível, mas valeu o esforço.”

“Sartre via o amor como uma batalha em que dois sujeitos livres tentam se apoderar cada um da liberdade do outro, tentando ao mesmo tempo se libertar do outro”.

“Era estranho ser amada e admirada por todas essas jovens, mas que, no fundo, sabia que não era a ela que elas amavam. O que desejavam era o reflexo que viam nela do próprio futuro. Estavam apaixonadas por sua liberdade”.

“Ela e Sartre não tiveram noites ardentes. Talvez a força da nossa relação física esteja diminuindo ligeiramente, mas acho que está ficando mais substancial”.

“Estava intimidado com sua capacidade intelectual; parecia que ela era capaz de falar analiticamente sobre a coisa mais insignificante”.

“Nunca a amei. Acho-a fisicamente agradável embora vulgar, todavia tenho um certo sadismo que foi atraído por sua vulgaridade”. Disse Sartre sobre uma de suas amantes, Wanda.

“Se tornar a encontrá-la, torno a encontrar minha felicidade e a mim mesmo”.

“Suas armas seriam palavras”.

“A relação de Sartre e Beauvoir terminara. Beauvoir tentava racionalizar: Existe o consenso de que, no homem, o hábito mata o desejo”.

“O inferno são os outros”. Sartre.

“A sociedade ainda não está pronta para a mulher livre. Ela vê que sua inteligência e independência intimidam o homem.”

“Via que o mau humor dele era defensiva. Gostava de pensar que era a única pessoa que o compreendia”

“Eu procurava Nova York e não conseguia encontrar”. As longas ruas retas pareciam todas iguais. “Nova York é para quem enxerga longe”, decidiu Sartre, quem pode focar no infinito”.

“Ele dizia as coisas mais extremas com a maior naturalidade. Seu humor falsamente simples animava muito as sessões”.

“A espontaneidade de Lanzmann me era estranha. No entanto, era pelos excessos que ele parecia próximo a mim”.

“Não, não era que ele amasse outra pessoa, mas algo morrera. Estava cansado de suas aparições só para tornar a partir”.

“Optando por escrever, Genet transformara aquilo em que os outros o haviam transformado em algo positivo. Era uma obsessão sartreana: a idéia da autoinvenção em face da humilhação e da estigmatização".

“Como o amor está proibido, decidi dar meu coração sujo a algo tão sacana quanto um homem: e me dei um belo carro preto”.

(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O machismo feminino que, ainda, impera!


Esta é a bola da vez: Governo pede suspensão de comercial de lingerie com Gisele Bündchen. E são tantos os comentários. Em sua maioria maldosos e irracionais, e não há, de modo geral, a reflexão sobre uma questão maior: o papel da mulher na sociedade e na vida privada.

Durante anos e anos, ficamos à margem de uma sociedade machista que teima em nos deixar por lá. Conquistamos independência, financeira e sexual. E não necessitamos utilizar o sexo como moeda de troca, e sim para o nosso bel-prazer. Pagamos as nossas contas, bancamos as nossas dívidas.

Aline Espíndola

terça-feira, 12 de julho de 2011

450 anos da Catedral de São Basílio

Achei bem legal a página do google de hoje (12/07), que preparou um doodle (aquela logomarca comemorativa diária) em homenagem ao aniversário de 450 anos da Catedral de São Basílio. Sempre achei esta catedral meio parecida com castelo da Disney, meio parecida com alguma obra Gaudí, e no fundo, nem uma coisa nem outra, mas algo bem diferente e bonito. E confesso minha ignorância, pois não sabia que era uma catedral, achava que era algum monumento do governo da Rússia.

Pela saudade que estou da minha mãe, e pela felicidade que estou por ela estar, neste momento, viajando e visitando justamente o monumento homenageado de hoje, resolvi escrever sobre o assunto, e viajar um pouquinho com ela também, mesmo, estando com meus pés fincados em Brasília, rs.

A Catedral de São Basílio é um dos maiores atrativos turísticos da cidade de Moscou, capital da Rússia. Ela que até hoje se ergue majestosa na Praça Vermelha, foi construída por ordem de Ivã o Terrível, em homenagem à conquista russa de Kazan e Astracã. Segundo reza a lenda, o Czar Ivã gostou tanto do templo que mandou cegar o seu arquiteto, Postnik Yakovlev, para que ele não tivesse condições de construir uma obra parecida em outra cidade.

Será que a lenda procede? Lendas são sempre mágicas, e por vezes, terríveis... Sendo verdade ou não, não há como negar o encanto do monumento.

(Fabiana Carvalho)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Starry night


Gostei da crônica do Arnaldo Jabor sobre a genialidade de Van Gogh , inspirado no gancho da notícia sobre o autorretrato : O Museu Van Gogh de Amsterdã anunciou nesta quinta-feira, 21 de junho, que o famoso autorretrato de Vincent Van Gogh, não seria o rosto de Van Gogh, mas a representação de seu irmão, o pintor holandês, Theo. Disponibilizo o link da crônica a quem interessar.



"(...) Van Gogh nos revelou a mutação da vida, o passar do tempo. A tortura e o sofrimento de Van Gogh, são visíveis em cada árvore, nas igrejas que se derretem, nas estrelas gigantescas... Em Van Gogh tudo se move nada está parado como a vida. Não há dramas nos quadros, cadeiras, girassóis, corvos, só isso. O drama é do autor, e é visível na dor dos traços geniais. É isso, Cézanne descobriu o espaço, e Van Gogh pintou o tempo."

Arnaldo Jabor

P.S.: Escolhi a foto acima, "Starry night" (Noite estrelada), não para ilustrar a notícia em questão, mas a crônica do link.


(Fabiana Carvalho)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Midnight in Paris


Acho que muitos de nós, em algum momento da vida, já tivemos a sensação de que nascemos na época errada não é mesmo? Este é o tema central do novo e apaixonante filme de um dos meus diretores prediletos, Woody Allen, em “Midnight in Paris” (Meia-Noite em Paris).

Ao assisti-lo, saí da sala de cinema ainda mais maravilhada com a “cidade luz” e com toda a inspiração que ela pode proporcionar. E é entre duas épocas diferentes - a atual e 1920 que o protagonista a considera como “anos de ouro” - e por visões completamente distintas da vida, que a trama transcorre de forma leve e reflexiva.

Allen traz como seu alterego da vez, Gil, brilhantemente interpretado por Owen Wilson, que protagoniza o amor por Paris, convincente graças à sua ingenuidade contagiante e a seu vasto conhecimento cultural. O que torna Gil ainda mais cativante é que, longe de ser um intelectualóide, é alguém que ama a arte pela arte, e não pelo status. Além disso, o protagonista ganha a simpatia do público por estar tentando entender suas próprias dúvidas e escolhas (o casamento, o amor, a nostalgia, o trabalho, o sonho, o passado e o futuro) e por disparar tiradas como: “Por que eu iria ler uma biografia do Rodin?”, pergunta que exprime a sua simpatia pela arte de forma autêntica. Como não poderia ser diferente, o “blábláblá” filosófico e questões existenciais são expostos de maneira divertida, fazendo parte dos diálogos típicos de Allen.

Um dos momentos mais emocionantes do filme é o transporte ao passado que faz com que Gil entre em contato com celebridades do mundo das artes e da literatura “dos anos de ouro” como: Matisse, Picasso, Zelda e Scott Fitzgerald, Dalí e Hemingway, entre outros. Essa mistura toda não poderia resultar em algo que não fosse bom. Woody Allen soube “bater no liquidificador” ingredientes que atraem os apaixonados por arte, literatura, viagem e fotografia... Nem da moda ele se esqueceu ao colocar na bela e sedutora personagem de Adriana (Marion Cotillard), uma estudante de moda, aluna de ninguém menos que Coco Channel, apaixonada pela “belle époque”.

Um filme pra lá de inspirador...

Trilha do filme - "Let's do it, let's fall in love" - Cole Porter

(Fabiana Carvalho)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

"An Education"


Ontem assisti a um filme que gostei bastante, e adoro registrar minhas impressões aqui sobre aquilo que gosto. “An Education”, de direção dinamarquesa (Lone Scherfig), é um filme divertido, encantador, charmoso e que evita os julgamentos fáceis. O filme reflete sobre dois bancos de escola: o das instituições de ensino e o da vida. A jovem atriz Carey Mulligan, que interpreta Jenny, arrassa no seu papel, por sua sensibilidade, sede por conhecimento, descobertas e prazeres, sem perder a doçura que lhe é peculiar.

Jenny tinha pressa por conhecer o mundo. Fascinada pela cultura francesa e a “liberdade” simbolizada por Paris, Jenny pensava na universidade como um trampolim para que ela conseguisse a sua tão desejada autonomia. Até que ela encontrou um atalho chamado David (Peter Sarsgaard), um charmoso homem mais velho. O encontro dos dois marca a espinha dorsal do filme.

Quando Jenny finalmente começa a vivenciar os prazeres de quem tem uma certa quantidade de dinheiro no bolso e vive na Europa, é que o espectador começa a se perguntar, junto com ela, onde está realmente a base da educação. Em uma sala de aula, aprendendo parte dos conhecimentos científicos e culturais de uma sociedade até determinado momento, ou aprendendo com os prazeres e desilusões da vida mesmo?

Acho que ele trouxe, em seu final, uma sensação de que algo ficou a desejar, fiquei pensando e concluí que essa sensação talvez se deva ao fato de que não se tem muito “moral-da-história” prontinho como esperado, e talvez esteja aí seu encantamento, assim como acontece na vida real.

Além disso, “An Education” nos traz o sabor da realidade de Londres e de Paris no início dos anos 1960, e é um exemplo de como a vida pode ser maravilhosa ou trágica, dependendo da escolha que fazemos. Se não nos entregarmos à culpa e ao desespero podemos, como a protagonista deste filme, perdoar nossos erros (e os dos outros) e sair para a frente, sabendo que sempre existem novos caminhos a percorrer.

(Fabiana Carvalho)

P.S.: No final do filme, escutei a música de uma cantora que gosto muito... Duffy. Pra quem quer escutar: Smoke without fire

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Se pudesse...


À minha grande amiga e companheira de blog, Aline Espíndola, dedico este post , com palavras do poeta português, um de seus favoritos, que hoje completa 123 anos de vida às palavras.

Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.

(Fernando Pessoa)

(Fabiana Carvalho)

domingo, 12 de junho de 2011

É preciso...



É preciso estar distraído e não esperando nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado. (Caio Fernando de Abreu)

(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Otimista de carterinha


Sou uma otimista de carteirinha. Pode colocar aí no meu CPF: Caminho Para Felicidade. Eu sei que alguns vão torcer o nariz, outros não vão acreditar, mas eu ando em busca daquilo que acrescenta. As deficiências de todo o dia já são suficientes, não preciso dar minha dose de colaboração. Se for pra contribuir, que seja então para tirar o peso dos passos e dar leveza ao olhar. A inquietação faz parte, mas é a confiança que impulsiona. (Fonte: Blog da Fernanda Gaona)

(Fabiana Carvalho)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Eles já sabiam!


Outro dia, para entender um pouco melhor este mundo louco de informações que vivemos, comecei a ler um livro recém lançado chamado “a revolução das mídias sociais”, do André Telles. Dentre outros pontos interessantes, o autor explica a função do hipertexto, sublinhados que dão acesso a outros textos na internet. O que me intrigou de fato foi a comparação feita pelo autor entre o hipertexto e um processo semelhante ao do nosso cérebro. “Plim!" me veio à cabeça a “premonição de McLuhan”.

Achei interessantíssima essa comparação técnica ao modus operandi humano. E lembrei o que diz McLuhan em “Os meios de comunicação como extensão do homem”, datado em 1969. Veja bem: 1969!!!

McLuhan fala sobre uma futura “aldeia global”, exatamente com essas palavras. E sobre a tal “aldeia global” ele explica que “seria uma decorrência das mutações provocadas pelos meios eletrônicos, como extensões do sistema físico e nervoso do ser humano capazes de condicionar reações e comportamentos.” Alguma semelhança com a comparação do sistema de textos na internet com as combinações do nosso cérebro?

Sério, toda essa mudança provocada pelas informações, seja por blogs, microblogs, redes sociais, me fascina e me assusta. E eu fico encantada com pessoas que tem visão sobre o assunto... e sobre o futuro...

“...no futuro, todos serão famosos por 15 minutos”.
Wahrol (1927-1987)

(Fabiana Carvalho)

terça-feira, 31 de maio de 2011

Paz




"Tudo é uma questão de manter a mente quieta,
a espinha ereta, e o coração tranquilo."


Parte da trilha do filme brasileiro: "Houve uma Vez Dois Verões" (2002), de Jorge Furtado.




(Fabiana Carvalho)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mulheres de trinta!





quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dia do beijo

Para ilustrar o "dia do beijo" escolhi uma obra de Claire Streetart. Já escrevi sobre ela aqui, e como gosto muito, achei legal publicar outra arte da francesa. Bem inspirador!
(Fabiana Carvalho)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Crise dos 30?! Que nada!

http://mulhertrinta.blogspot.com/

(Fabiana Carvalho)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Simples assim


“Simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera”.
Martha Medeiros

Obra: Gustav Klimt


(Fabiana Carvalho)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Você vai conhecer o homem dos seus sonhos


Ontem assisti, em casa, ao novo filme do Woody Allen que estava em cartaz dias atrás no cinema. Não gostei da tradução que fizeram do título: “Você vai conhecer o homem dos seus sonhos”. Um título desses, eu logo imaginaria Meg Ryan estrelando mais uma daquelas comédias hollywoodianas passatempo, que aliás, eu adoro, mas que não tem nada a ver com o estilo Allen. Ignoraram o sentido significativo do título original: “You will meet a tall dark stranger“, ou seja, “Você vai conhecer um estranho moreno e alto”, uma metáfora para a morte, mas que, também, não despreza o outro significado da frase que remete à incessante busca pela pessoa dos sonhos.

Admiro a versatilidade do autor em conseguir envolver o espectador com personagens de conflitos internos e outros que se mostram negativamente irônicos com o que acontece na vida. Acho até engraçado a forma que expressa seu pessimismo característico e, ainda, a fotografia acinzentada das cidades que reflete em seus filmes. Não são as luzes, a beleza, ou a jogada de cores que nos prendem, mas justamente aquelas imagens comuns, cinzentas e rotineiras que nos afogam em nós mesmos e retratam a dura realidade do que costumamos enfrentar no dia-a-dia das megalópoles.

Allen preocupa-se em conseguir entrelaçar as histórias que conta, juntando os personagens por meio de um fio condutor que, normalmente, vem sendo expressado pelo abstrato, como o amor, a dúvida, o envelhecimento, a dor, a perda, a solidão e a busca pela felicidade.

O filme "Tudo pode dar certo" é um filme extremamente pessoal e eficaz em sua proposta. Aliás, eu amei! "Vicky Cristina Barcelona", então, muito bom! No caso de "Você vai conhecer o homem dos seus sonhos", Allen se apresenta como um cineasta repetitivo em suas abordagens. Ele cria uma expectativa no início do filme de envolver estas histórias e personagens com as relações complexas que são características da sua filmografia, mas os pontos de virada do seu roteiro não aparecem de fato.

Sem tirar o mérito das reflexões que levanta, acho que o filme termina de uma maneira vaga. É agradável, que é o mínimo que se pode achar de um filme de Woody Allen, mas meio sem-graça. Fiquei com a sensação de “quero mais” do filme. De qualquer forma compartilho com ele o fascínio pela busca infrutífera pelo sentido da vida geradora de tantos conflitos, e ressalto sua capacidade de filmar histórias que relatam a questão humana comportamental como poucos.

(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Você está curado?


Se você está curado, você está curado do desejo.
Quem quer ser curado do desejo?

Última frase do filme: Minha cama de Zinco.

O filme, que traz como protagonista ninguém menos que Uma Thurman, faz uma reflexão sobre a cura e a "necessidade" do vício, se atendo aos vícios relacionados à bebida e paixão e, ainda, questões acerca do equilíbrio entre desejo e afirmação social, autodestruição e sobrevivência. Achei o roteiro um pouco "arrastado", com uma fotografia que deixa a desejar, mas que se compensa com seus diálogos instigantes e profundos.

(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Aline's B-DAY

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pradiante vai ser diferente.
Carlos Drummond de Andrade


Eu não tenho nada mais pra lhe desejar, do que tudo aquilo que você merece: cerveja, samba, sonho, sinceridade, prosperidade, verdade, amizade, e, claro, muito amor!

Sua companheira que lhe admira,

Fabiana

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Florbela



“O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades… sei lá de quê!”

Florbela Espanca, até seu próprio nome pressupõe beleza e dor! A sua vida foi tumultuada, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia carregada de erotização e feminilidade. Teve fama de transgressora, por ter desafiado os preceitos da sociedade, casou-se três vezes e frequentava a boemia, fumando e bebendo.

E, se o reconhecimento, justamente por ser mulher, foi inferior ao que tiveram seus contemporâneos Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, hoje ocupa imenso destaque nos círculos literários. A poeta portuguesa suicidou-se, aos 36 anos, ingerindo dois frascos do barbitúrico Veronal. Fato é que são tantos os vieses que a história da escritora propõe que,completados 80 anos de sua morte, um olhar mais amplo sobre sua figura ainda é essencial.

(Fabiana Carvalho)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Principais museus em um só lugar


O Google lançou, nesta terça, 2 de fevereiro, o serviço de visita virtual à famosos museus do mundo em apenas um endereço, achei inteligentíssima a ideia e de uma utilidade enorme. Claro que nada se compara às sensações provocadas pela apreciação da arte in loco, mas é muito bom conhecê-la, antes mesmo da intenção de visitá-la, ou até “revisitá-la”, pela net, depois de se ter tido a experiência pessoal.

O projeto começa com 17 importantes destinos no mundo, entre eles The Metropolitan Museum of Art e MoMA, em Nova York; Tate Britain e The National Gallery, em Londres; e Van Gogh Museum, em Amsterdã. O tour poderá ser feito por meio de uma ferramenta parecida com o Street View, recurso do Google Maps onde é possível caminhar virtualmente pelas ruas de uma cidade.

De acordo com Amit Sood, dono do projeto, a novidade inclui ao menos 1.000 obras artísticas, que podem ser apreciadas de forma detalhada na web. Segundo o executivo, apenas 20% do projeto está no ar, o que dá a entender que muitos outros museus do mundo devem disponibilizar, em breve, o tour virtual.

Ainda tem uma novidade, o serviço do Google fornece uma ferramenta que permite ao internauta criar coleções, o que só seria possível na vida real gastando-se muitos milhões de dólares.

Eu simplesmente adorei o projeto! Tecnologia em favor da democratização da arte.

(Fabiana Carvalho)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

2 de fevereiro!


"... dia de festa no mar, eu quero ser o primeiro a saudar Iemanjá..."

Caymmi


(Aline Espíndola)

Incomunicabilidade!


Já dizia a minha avó: - quem cala, não diz nada! Pois, comunicação e linguagem são irmãs, e siamesas. A comunicação pressupõe expressão de ideias e sensações. São gestos, sinais, sons, símbolos, palavras... Ou seja, o silêncio não é comunicação, é abstenção.

"...na dúvida, abstém-te, é o conselho do sábio..."

Machado de Assis

(Aline Espíndola)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"Com flutes!"

Outro dia, minha irmã Daniela me presenteou com duas flutes. E me disse com ar de professora: “não são taças, são flutes”! De forma entusiasmada me explicou o porquê de utilizá-las. Não que seja frescura, mas sempre achei as tais flutes, lindas, elegantes e fiquei curiosa quanto à sua funcionalidade, já que estamos sempre a brindar e utilizá-las ao longo da vida, interessei-me por saber mais sobre as elas.

Daniela disse que as flutes não são apenas sinônimo de elegância, mas que o seu cabo alto e bojo comprido e estreito foram especialmente desenvolvidos para servir champagne e espumantes em geral, também para preservar o gás carbônico presente nestas bebidas, o máximo de tempo possível. Além disso, o corpo fino e a boca estreita garantem, por mais tempo, a persistência das borbulhas de gás carbônico que se formam quando um espumante ou champagne é servido. E, eu particularmente, fico namorando uma flute cheia de champagne e as borbulhas que dela brotam. Estas borbulhas também recebem um nome: perlage.


Poderia ser frescura sim, mas acho interessante a riqueza dos detalhes que vem do simples ato de se servir uma bebida de um modo especial, principalmente quando algo de bom acontece em nossas vidas: desde o ano-novo, comemorações, a um encontro a dois, e por aí vai... Isso tudo mereceu um brinde aqui no blog, com flutes!


P.S.: E para quem não entendeu o propósito real do post, segue uma frase para reflexão do Caio:
"Futilidade é o que mais salva a gente".

(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"Eu tenho um sonho..."


Hoje, 20 de janeiro, é o “Dia de Martin Luther King Jr” – feriado norte-americano comemorado pela primeira vez em 1986. Ele foi líder de movimentos que buscavam o respeito aos direitos dos negros e o fim da discriminação racial nos EUA. Luther King liderou protestos pacíficos e conseguiu mudar a situação dos negros em seu país.

Semana passada, assisti a um filme pesado sobre esta questão do preconceito racial que vem se arrastando ao longo dos séculos, principalmente, nos EUA e, aqui, o indico: “A outra história americana”. O enredo gira em torno da luta de um homem para reformar a si próprio e salvar seu irmão após viver uma vida consumida pela violência e intolerância.

Confesso que há de se ter estômago para assisti-lo, pois mostra, em toda a complexidade da trama, as raízes e as conseqüências do extremismo do preconceito racial na América.

Selecionei alguns pensamentos que marcaram o discurso ideológico de Martin Luther King:

“Aprendemos a voar como os pássaros, aprendemos a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos”.

“Não somos o que deveríamos ser; não somos o que queríamos ser; mas graças a Deus, não somos o que éramos”.

“Saiba que seu destino é traçado pelos seus próprios pensamentos, e não por alguma força que venha de fora”.

“A inteligência e o caráter é o objetivo da verdadeira educação”.

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.”

(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Fui ali...


“Estou me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz, e não volto!" C.F. Abreu

(Fabiana Carvalho)