terça-feira, 30 de novembro de 2010

Irrealizável


Se o realizarmos, o tormento acaba e o desejo se desfaz em si. É irrealizável por natureza e tem caráter fútil e fulgás, não podendo acontecer para sempre, caso queiramos que sobreviva. Parte dele pode se realizar. O gosto irrealizável/realizável do desejo é tormento que fermenta.

(Fabiana Carvalho)

domingo, 28 de novembro de 2010

Rótulos...

... são bons para geleias, e não para pessoas.
(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

No me encanta nada todo eso.



(Fabiana Carvalho)


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Acaso

"Inacreditável. O fator acaso na vida é incompreensível.
E através de uma astronômica combinação de circunstâncias,
nossos caminhos se cruzam.Dois fugitivos nesse universo vasto, escuro, indescritivelmente violento e indiferente".
Fala do personagem Boris à Melodie, sobre o improvável encontro dos dois
no filme: "Whatever Works" de Woody Allen.
(Fabiana Carvalho)

Yes I do


I have any any patience with the obvious. Obviously!
But day by day I hardly pretend that I can stand it very well.
(Fabiana Carvalho)

Conversa de botequim: livre arbítrio.



Deus podia dar ou tirar por merecimento, não levo muito jeito com este tal de livre arbítrio. Longe de mim duvidar da habilidade divina, mas não sou uma boa estrategista, nem sei armar jogadas.
(Aline Espíndola)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Apprenti bonheur...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pobres perros!





(Aline Espíndola)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Dolce far niente"


Bem, a partir de hoje estou de férias, “entonces”, resolvi escrever sobre uma expressão bem interessante que aprendi no filme: “Comer, rezar e amar” – “dolce far niente”. Quero aplicá-la na minha semaninha de férias. Os italianos têm a expressão "dolce far niente" como “suave indolência” ou o “doce fazer nada”. Parece que temos mesmo vergonha de dar uma parada, não é? Pois é, já houve um dia que me senti culpada por estar fazendo nada nas minhas férias.

Quando damos a nós mesmos este pequeno luxo de tirar alguns dias, para não fazer “nada” ou quase nada, ou pelo menos não fazer nada por outras pessoas, pelo emprego, pela sociedade, mas somente para nós mesmos, como tomar um banho demorado, ler aquele livro que está há anos na estante, assistir a um filme, pensar, dormir em plena luz do dia, tomar sol, ir ao shopping em plena tarde no meio da semana, ver e sentir a alegria de cheiros, sabores e cores que vem dos cafés, sorveterias e lanchonetes da praça de alimentação, acabamos nos admirando e assimilando como são bons estes momentos de dolce far niente, carpe diem ou preguiça mesmo.


Então, descobrimos que esta contemplação faz bem, que com ela somos renovados e assim tocamos a vida em frente com alegria e leveza. Acho que é isso, o dolce far niente é ignorar e-mails, relógios, olhar para o teto, suspirar e pensar, de forma alegre, que ainda resta um tempo gostoso para não fazer nada!

(Fabiana Carvalho)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

É...

O importante demora. E demora, e demora...

(Fabiana Carvalho)

It's my party and...


Para quem não sabe a Amy está chegando ao Brasil! Parece que não vem a Brasília, o que me deixou triste, mas tentarei ir em algum em outra city. A produtora da cantora inglesa já confirmou os shows em janeiro de 2011, em Florianópolis (no dia 8), Rio de Janeiro (11), Recife (13) e São Paulo (15).

Adorei uma música nova dela "It's my party".
Gostei da letra que diz que ela chora quando ela quiser, porque, afinal, a festa é dela. O importante é fazer festa, mesmo chorando por dentro. He,he... Se quiser chorar, chore. Se quiser rir, ria - muito!

O melhor foi encontrar uma versão original de 1963 (adoro fazer isso!).
Só não vale perder a piada das "chacretes" enlouquecidas no palquinho ao fundo.

(Fabiana Carvalho)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dirty dancing


... I've had the time of my life...

(Fabiana Carvalho)

(Contra)dizendo.

E quando eu não te responder, não pense que te amo menos.
É só porque ainda te amo.


(Aline Espíndola)

Ensaiando.


Ensaio versos pra ver se você fica por aqui.


(Aline Espíndola)


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

♪ I’m all right ♪


"He made me laugh
He made me cry
He smoked his doggies in bed
But I'm all right
I'm all right
I've been lonely before
I asked the boy for a few kind words
He gave me a novel instead
But I'm all right
I'm all right
I've been lonely before
It's fine, it's OK
It was wrong either way
I just wanted to say
There isn't much fun when you're drinking wine
He got drunk, he fell down
He threw a few of my things around
But I'm all right
I'm all right
I've been lonely before

I'd like to believe is easy to leave
But I have to conceive that wherever you are
You're still driving my car
Sticks and stones break my bones
But tears don't leave any scars
So I'm all alright
I'm all alright
I've been lonely before" (...)


Madeleine Peyroux

http://www.youtube.com/watch?v=YfJrwLJJp3A

(Fabiana Carvalho)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Separe coisa por coisa.


Receita de arrumar gavetas

separe coisa por coisa:

de um lado o pólen do passado

as raízes do que foi importante

os retratos os bilhetes

os horários e chegada

de todos os navios-pirata

os sinos que anunciam

que há um amigo na estrada

do outro lado um espaço vazio

para o que vai acontecer

as surpresas do destino

os desatinos do acaso

Roseana Murray


(Aline Espíndola)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quem desdenha.

Dona Neusa disse:

- Ele sempre descontava em mim todas as suas frustrações. Eu dizia que me importava e ele me olhava com desdém, meio de rabo de olho. E gostava do meu sofrimento, acho que o fazia bem!

Eu nunca mais o vi, não tenho notícias não. Falaram que ele perguntou por mim, perguntou pela garota que gostava de chorar.

Disseram, diante da pergunta:

- Talvez, ela não gostasse de chorar, e sim gostasse de você!


(Aline Espíndola)

O grito do olhar

Ontem, 2 de novembro, fui numa pizzaria que fica aberta de madrugada com um casal amigo meu. Ao chegar na porta, havia uns três rapazes bem sujos e que perambulavam por aquele horário em busca de algum trocado ou de mais um pedaço de pizza. Dei de cara com um, de uns 16 anos, com o nariz cortado e pés bem sujos, pedindo uma sandália para protegê-los. Eu não tinha sandália naquele momento, mas dei um trocado e confesso ter deixado meu coração envolvido por um sentimento de dó, de indignação de um tanto de coisa que seria incapaz de transcrever por meio de palavras. Ao me despedir do menino, eu lhe fiz um elogio: fique com Deus e saiba que você é um rapaz muito bonito. Logo ele me respondeu, com uma educação espontânea e grave tristeza no olhar de cortar o coração: “a senhora também é muito bonita”, e uma vergonha que o fez fitar o chão. Dei as costas ao menino e fui embora com os olhos marejados.

A beleza impactante dos olhos do rapaz com a situação de humilhação humana foi capaz de me trazer à tona os sentimentos mais miseráveis que poderia sentir: o de pena, indignação e impotência diante das injustiças do mundo.

A situação me fez recordar de uma das mais belas e famosas fotografias , me remetendo diretamente àquele momento, que de alguma forma revelou o fascínio pela dicotomia: beleza e tristeza. A foto lembrada é da refugiada afegã Sharbat, na época, com 17 anos, que, por motivos também impactantes a tornara famosa. O olhar penetrante de Sharbat, captada pela lente de McCurry, foi capaz de transmitir ao mundo uma série de emoções. E o olhar ofuscante do triste menino sujo da pizza, foi, por um momento relâmpago, captado por mim.

Quem é essa mulher?

“Ela é o grito
De todos que pedem
Pelo fim dos conflitos
Que arrasam os povos!

Ela e o tipo
De olhos bonitos
Da bela afegã
Na tristeza dos povos!”

Everaldo Nóbrega

(Fabiana Carvalho)

SIM, a mulher pode!


Somos, ainda, criadas para sermos boas esposas e boas donas de casa. Ganhamos menos, somos discriminadas e desvalorizadas. Temos uma lei que nos garante o direito de não sermos agredidas, pois, sem ela, não há a consciência desse direito. Somos, ainda, cerceadas em relação aos nossos desejos. Somos, ainda, mães potenciais, sem direito de escolha. Somos, ainda, cerceadas em relação às nossas escolhas. Somos, ainda. Porém, ainda!

"A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um princípio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!"

Dilma Rousseff, no primeiro discurso como Presidente do Brasil.

(Aline Espíndola)