sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Amor e cultura


Foto: Fabiana Carvalho



Em uma viagem a trabalho, no Rio de Janeiro, tive a oportunidade de conhecer uma linda casa e sua romântica história: a Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpo. Um lugar tão charmoso, tão feminino e delicado, que foi impossível passar batido e não registrar aqui um pouco de sua história e o ar de romantismo que paira sobre o belo palacete. O cenário composto por um longo tapete vermelho sobre as escadarias, grandes arranjos de rosas vermelhas, objetos (relógios, castiçais, cadeiras, torneiras) banhadas a ouro, lustres em cristais, e mesas elegantemente “aprontadas” para o jantar com diversos talheres e copos (lembrando sempre da regrinha do “de fora para dentro”) deu aquele “cutucão” no mais íntimo da alma feminina.

Senti-me como em um filme, talvez “Romeu e Julieta” ou até mesmo o piegas, porém não menos romântico, “Titanic”. Curiosa, fui saber sobre a história daquela casa. Ela foi construída em 1920 e “diz-se” fruto de uma história de amor. Apaixonado pela mulher, Demócrito Latigau, de importante família de comerciantes da época, quis dar de presente à sua esposa, Maria José, a mais bela casa do Rio de Janeiro. Contratou um arquiteto francês e, da mesma forma, mandou vir da Europa todas as peças de acabamento como “parquets”, vitrôs, portais e etc.

Após a morte do casal e do filho mais velho, a casa foi tombada pelo departamento de patrimônio e cultura da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. O educador e antiquário João Carlos de Serpo se interessou pelo palacete, comprando-o em 2002, para instalar a casa de cultura, dando-lhe o nome de sua mãe, Julieta de Serpa. Hoje acontecem diversos eventos, principalmente na área de educação e cultura.

Tive o prazer de fotografá-la e carregar comigo a sensação de fazer parte daquela história de amor.

E para não perder o costume, fechemos com um belo e intrigante dizer. Este, retirado do parágrafo “Tudo se ilumina”, de Jonathan Safran Foer (2003):

“Dê-me amor, pois o amor não existe, e eu já experimentei tudo que existe”.

Fabiana Carvalho

Um comentário:

  1. Fabi,

    É muito bom saber que em você há sempre alguém capaz de sorrir e encantar...

    Beijão,

    Ricardo

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