segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Quem dera Tiririca fosse assim...


Em tempos de eleições, a utilização de figuras excêntricas sem conteúdo como marketing político me fez lembrar de uma, ainda que desenhada, muito interessante que, de forma humana e docemente inteligente, tornou-se ícone mundial de ideias e reflexões sociais e políticas dos anos 60. O mais intrigante é que, mesmo as tiras tendo sido feitas há cinco décadas, suas ideias, que expressam os desejos e questionamentos do cidadão comum, são mais atuais do que nunca.

Sou apaixonada por ela: a pequena grande Mafalda. Criada pelo cartunista Quino, ela é ícone do sentimento de anticonformismo da típica família de classe média (nascida na Argentina). Imaginem só, uma criança de apenas seis anos, que com um otimismo irônico, conseguiu expressar o seu ódio pela injustiça, guerra, armas nucleares, racismo, pelas absurdas convenções dos adultos e pela sopa (hi,hi). E ainda tem como paixões os Beatles, a paz, os direitos humanos e a democracia... Como não se apaixonar? O Tiririca é de fato engraçado, diferente e carismático. Que bom seria se ele fosse o que é, mas tivesse em seus pensamentos e coração as reflexões fundamentadas de Mafalda.

(Fabiana Carvalho)

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