segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Florbela



“O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades… sei lá de quê!”

Florbela Espanca, até seu próprio nome pressupõe beleza e dor! A sua vida foi tumultuada, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia carregada de erotização e feminilidade. Teve fama de transgressora, por ter desafiado os preceitos da sociedade, casou-se três vezes e frequentava a boemia, fumando e bebendo.

E, se o reconhecimento, justamente por ser mulher, foi inferior ao que tiveram seus contemporâneos Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, hoje ocupa imenso destaque nos círculos literários. A poeta portuguesa suicidou-se, aos 36 anos, ingerindo dois frascos do barbitúrico Veronal. Fato é que são tantos os vieses que a história da escritora propõe que,completados 80 anos de sua morte, um olhar mais amplo sobre sua figura ainda é essencial.

(Fabiana Carvalho)

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