
Fiquei observando alí, o quadro e todo aquele seu grande valor. Lembrei do que minha irmã, que assim como Simone, tem esse belo dom de pintar. Ela me dizia que só o verdadeiro artista sabe que não há valor em dinheiro que paga todas as emoções alí colocadas.
Lá fui eu analisar novamente o porque do arrepio e da química alí existente. Não foi difícil. Uma obra tão colorida com pequenos tabuleiros em preto e branco em seu meio. Muita cor, muita vida em todo ele, mas o preto e o branco alí marcando o vazio, o luto, a antítese e um profundo desejo de paz. Tudo parece mesmo, como na vida real. Tão colorido, mas o preto e branco sempre alí, no meio; rígido, firme. Eles são responsáveis pela dor das cores que servem de cortina para camuflá-los.
Quanta luta! Não acho que os tabuleiros devam ser desprezados. Eles são sim um jogo. E precisam ser enfrentados. Sempre. Mas prefiro que o colorido continue preenchendo a maior parte das telas de Simone.
Fabiana Carvalho
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