sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Libertino


Quando vi que Johnny Depp era o protagonista de "O Libertino", logo me interessei. Adoro o jeito esquisitão, confuso e outsider dos papéis que costuma interpretar. Este é um filme que nos faz refletir sobre temas controversos como a boemia, o hedonismo, a liberdade, a hipocrisia da sociedade, a crise existencial, o amor incondicional, o discurso religioso, o incesto, a rejeição, o poder, a arte e a morte.

A fala do conde, que viveu para os impulsos dos sentidos, no começo e no final do filme é, para mim, o cerne do roteiro. Ele arremata o teor da película narrando diretamente ao telespectador:

E finalmente, ali ele jaz.

Eu não sabia me conter não é?
Dê-me vinho, eu bebo tudo
e jogo a garrafa vazia no mundo.
Olho a cabeça de um alfinete,
e vejo anjos dançando.
E então,
Gostam de mim agora?
Gostam de mim agora?
Gostam de mim...agora?

Vale a pena assisti-lo e observar os comportamentos de cada personagem que tipificam uma sociedade decadente e profundamente moralista.

(Fabiana Carvalho)

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