quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O GOOGLE em busca do amor!



Em 3 de fevereiro, minha amiga e parceira de blog, me enviou a foto que o google mostra na página inicial. E me convidou a escrever, juntamente à ela, sobre a figura publicada. Um retrato bem interessante dos dias atuais.

Vamos lá, o que o google faz? BUSCA!!!
E a foto remete ao companheirismo, parceria, doçura, cuidado, enfim: amor, no seu sentido mais abrangente. Adjetivos tão valiosos e raros de se ver no mundo atual. Nada como o google mesmo para nos lembrar que devemos buscá-los a todo instante.

Daí, como estamos falamos de internet, mundo atual, lembrei-me de um e-mail bem "bonitinho" que recebi há tempos. Assinado pelo Arnaldo Jabor. Não sei se a origem é mesmo esta, visto que Jabor é moda na internet. Independentemente da fidedignidade do texto, acho que dá para relembrá-lo e associá-lo à figura aqui postada.

Estamos com fome de amor
"Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvída? Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós. Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!" Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois. Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Para não perder o costume, fechemos com um pensamento de Tiago Zimmermann:

"A gente ainda tem tempo de salvar o que a gente é"

(Fabiana Carvalho)

Bom, raro, acredito, não é o amor. Também não são raros os valores, os bons valores. Mas, somos frutos daquilo que acreditamos, daquilo que queremos ser. Raro, nos dias de hoje, é quem demonstre isso sem a preocupação de ser aceito socialmente. Porque aceito, hoje, é não se envolver. Pois, envolvimento denota preocupação, carinho, atenção. Aceito, hoje, é "fazer a fila andar"! Aff, como ODEIO essa frase! E as filas andam mesmo: as filas das amizades, dos relacionametos amorosos, enfim, das nossas relações interpessoais. Não falo aqui de "altruismo", pois a felicidade é algo essencial e por ela devemos lutar. E o simples fato de existirmos gera sofrimento, pois as nossas escolhas nem sempre responderão às expectativas do mundo, do outro.
Mas, há uma frase que define muito o que quero falar, o que a imagem do Google me diz:

"Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo"

É isso, quero perceber e insistir! Quero que façam isso comigo. Quero estar atenta a tudo isso e reagir. Quero perceber as pessoas especiais. Descobrir que alguém é importante. "Me" descobrir importante pra alguém. Por fim, e mais importante, valorizar tudo isso!

Este texto eu dedico a uma pessoa especial!

(Aline Espíndola)

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