Vou sugerir um que vi há algum tempo no cinema e revi há alguns dias: Cão sem Dono, de Beto Brant e Renato Ciasca. O filme retrata o mundo penoso de Ciro (Júlio Andrade), um jovem tradutor, cético, sem abstrações e perspectivas. Um cara com dificuldades de demonstrar seus sentimentos e pouca (ou nenhuma) vontade de se relacionar com o mundo. Diante desta existência, Ciro encontra numa mulher, essencialmente diferente dele, o seu elo com o mundo, a dose de sensibilidade necessária e que faltava, passando, assim, a redefinir o próprio pensamento. Cão sem Dono não retrata, apenas, um encontro amoroso. Fala sobre a subjetividade do ser humano e o olhar atento que devemos lançar sobre nós mesmos.
(Aline Espíndola)
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